[GMZ] Dia de debates termina morno, mesmo com crise, documentos polêmicos e falas delicadas sobre fiscalização

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Voltas e mais voltas em discussões que já foram concluídas traz lentidão e prepara o terreno para ameaças à liberdade de imprensa

Mariana Naves

O segundo dia do Comitê de Direitos Humanos, em 23 de abril, começa agitado para os delegados, com poucos minutos de quarta sessão, o primeiro de vários documentos acusatórios surge contra os Estados Unidos. Com tensões pontuais e um clima cooperativo digno de uma comunidade de paz e amor, discutir os tópicos continuou um desafio de foco, mas a mensagem do dia é clara: se me atacar, eu vou atacar!

A quarta sessão foi marcada por exposições e muitas voltas em tópicos exaustivamente explorados. Primeiro, o México traz uma resolução prática para a proteção dos jornalistas, mas segundo documento com dados da maioral, a Organização das Nações Unidas, as violências contra a imprensa aumentaram e o crime organizado está relacionado. O que a delegada poderia falar além do discurso de que todos erram? Talvez assumir uma posição condizente com o cenário mexicano e quem sabe, ter ideias mais indepentes dos EUA.

Ainda sobre o primeiro momento, o GMZ adoraria discorrer sobre os atos duvidosos da Federação Russa, mas o protagonismo da sessão foi dos Estados Unidos, que assumiu a liderança do fã clube dos jornalistas. Em mais de uma ocasião a delegada esclareceu como os ataques são para causar tumulto. Ainda em suas falas, a representante alfineta as posições de outras delegações contrárias e perdidas na discussão, afinal, com qual interesse os documentos são alinhados? Mesmo sem assinatura, as fontes estão claras para todos, as medidas a partir disso são aguardadas com ansiedade.

E como esperado, na quinta sessão, com outros dois documentos caóticos enviados, a discussão foi interrompida para a alegria de alguns e tristeza de outros. Enquanto os EUA mostraram a que vieram e cercaram a Rússia, ao perguntar se o país estaria disposto a acatar as resoluções propostas, e como de praxe, o delegado russo saiu pela tangente, mas o que chama a atenção é o país sinônimo de ONU demonstrar tal humildade em permitir que uma nação pense na possibilidade de negativa. Será que a delegada guarda a força Winx do seu fâ clube para o último dia?

Outras delegações que participaram assiduamente foram os Emirados Árabes que concordaram na criação de um órgão internacional de fiscalização. E aqui ficam as preocupações do GMZ com tal pensamento que abre margem para violências. E sobretudo, nos preocupa em relação a futuras acusações direcionadas a este jornal, que funciona pela boa vontade de jornalistas de caráter duvidoso, e que não seriam facilmente protegidos por outras nações, órgãos internacionais e sequer por sua própria família. 

Além dos citados, a Ucrânia também propôs que jornalistas fossem julgados por publicar fake news – novamente preocupante – mas de maneira justa, segundo ela, mas ninguém quer descobrir. E a França que após corroborar ideias suspeitas afirma que houve interpretação errada deste veículo. O GMZ aproveita este espaço democrático para alertar os delegados em suas palavras bonitas de discurso feio, e afirma que esclarecimentos em intervalos de debates serão descartados em nome do entretenimento e do desespero das delegações.

No entanto, o auge do dia ainda viria com a crise apresentada pelo Presidente da Imprensa, e que apresentou um atentado na tarde de ontem ocorrido na  Argentina. As delegações produziram uma nota à imprensa que insiste em investigações, e punições aos culpados, a delegada argentina ainda é citada como tomando medidas imediatas. Esperamos que as ações sejam tão práticas quanto as que ela exige de seus colegas para a proteção de jornalistas. A discussão para formação do documento ainda rendeu para a coletiva de imprensa, que foi extremamente morna, em comparação ao dia anterior. 

Argentina e México, delegações expostas durante o dia, mantiveram o discurso de arrependimento e otimistas em tentarem resoluções funcionais. A esperança do comitê é emocionante, principalmente a da delegação brasileira, que após expor seu descontentamento com o governo, aguarda telefonema de casa, do que imaginamos ser o Recursos Humanos informando o desligamento da representante. 

O dia foi encerrado com os delegados tontos de tanto girar nos mesmos tópicos já discutidos anteriormente, com muita doçura de alguns em cooperar, enquanto outros começam a despontar com pensamentos perigosos para a classe jornalística. Nossos anseios para o último dia de comitê abrangem assinaturas em documentos, mais polêmicas internas, e por tudo que é mais sagrado a este jornal, material para a cobertura no twitter.